ás correntes invisiveis, ignotas, de um sentimento espiritualisado e sereno.

Ao Pessimismo de Schoppenhauer, que tu, pelo fundo de critica psychologica e de alada e fagulhante ironia adoras, como Satan, por diabolica phantasia, adora os abstrusos venenos do Mal; a esse Pessimismo sêcco, duro, dictador e esterilisante, prefere antes o Optimismo religioso de Renan, que não abate nem enviléce as almas, mas antes as alevanta e illumina, sem lhes tirar a rectidão austera da Verdade, as linhas justas e solemnes da alta comprehensão da Vida.

Do pessimismo e do optimismo, do conjuncto dessas duas forças, tira a linha geral do tau ser, para que a visão da tua alma fique perfeita e profunda e não ganhe nem hypertrophias nem vicios de percepção nem graves e antipathicos desiquilibrios de sensibilidade, na frescura abençoada e nos rejuvenescimentos e reflorescencias da Fé.

Assim, concordará a acção com a sensação, estarás em immediata e clara harmonia com a tua extrema natureza, estudados os fundamentos que intimamente a constituem: a bondade, o affecto, o enternecimento, a delicadeza, a resignação, a brandura, a abnegação, o sacrificio e a calma, latentes qualidades essas todas puramente de um