A tarde cahia tristonha, e o ar doente da luz que morria despertava desejos de festas, de dansas, de pandegas.
D. Luzia antes queria ter acompanhado Frederico á cidade.
O latido preguiçoso de um cão perto da porteira annunciou a chegada de Daniel. Fantina sentada no angulo da varanda levantou-se logo que o vio. Estava com saudades delle e recordava-se dos sonhos que tivera durante as longas noites em que suas companheiras cabeceiavam fallando dos caxeiros e do Antonico. Quando Daniel subia a escada D. Luzia disse :
— Pode entrar, seu ingrato. Por onde tem andado tão somido que ninguém lhe põe a pista ?
— Por ahi mesmo, madrinha.
Sob os olhares de D. Luzia nem a mão Daniel dava á Fantina.
— Adeus Fantina, adeus seu Daniel, nisso cifravamse as saudações.
7