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FANTINA

D. Luzia perguntou se não havia alguma noticia acerca do visconde do Rio Branco.

— Supponho que não ; disse elle um pouco atrapalhado com o tamanho do jornal e com a falta de pratica.

Ella olhou de lado para o jornal e deixou cahir esta admiração :

— Oh homem, está até no artigo de fundo !

Elle machinalmente fixou a attenção no folhetim.

— Póde ler alto, que desejo muito saber de alguma nova.

Com voz pausada e lenta, elle começou :

— « Punham a chave no buraco da fechadura quando um guarda apitou. Ouviram-se batidos de tacões que avançavam para o lado onde o assobio chamava. Querendo pular o muro visinho, um cão de fila ladrou furiosamente do lado de dentro...»

— Que diabo está o Sr. a ler ?

— Isto ! disse elle batendo na barra do jornal.

— Eu lhe pedi que lesse noticias do Rio Branco !

— Pois este Rocambole não é o mesmo ?

— Ora, ora, o senhor !

E suppondo que Frederico fizesse aquillo por chalaça, instou que lesse. Ao levantar os olhos sempre achou o artigo, com cuja leitura D. Luzia se enfureceu