Com presago terror santo.
Em nós falla a alma mais nobre,
Loucos impulsos repousam,
Cessa a impetuosa acção,
Desperta o amor dos homens
E o de Deus no coração.
Quieto, cão! Aqui e alli não corras!
Ahi no limiar que estás cheirando ?
Vae detraz do fogão deitar-te quêdo,
O melhor coxim meu quero offertar-te.
Como lá fóra na vereda alpina
A saltar e correr me divertiste,
O gasalhado meu acceita agora,
Como bem vindo hospede tranquillo.
Ah, quando na estreita cella
Torna a luz amada a arder,
Faz-se claro o intimo d'alma,
Podemos no seio ler.
De novo falla a razão,
De'novo a esp'rança floresce,
Á fonte, origem da vida,
A aspiração em nós cresce!
Não rosnes, cão! co'os echos sacrosantos
Que em toda minh'alma ora resoam,
Mal se pode casar a voz do bruto.