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E ALIMENTAR PORTUGUEZA, II 3 Raiz : fusiforme , d' hum palmo ou mais , bran- ca , ou amarellada exteriormente , com sulcos transversaes , annulares ; íibrillas capillares , dispersas i parenchyma carnoso, todo amarel- lo, ou branco, o centro meduUar orbiculado, com estrias radiantes, peripheria cortical reti- culada. Folhas raãicaes do primeiro anno: de compri- dos peciolos, por baixo empubescidas-asperas , por cima glabras , pinnulas cuneiformes, pinna- tifidas , lacinias oppostas , lanceoladas , celhea- das , levantadas , parallelas. Sementes duas, hispidas, quasi ovadas, do com- primento de duas linhas ou d' huma , planas de iiuma parte , convexas da outra , com três li- nhas elevadas , miudamente celheadas d'ambas as partes. Habita frequente nos montes áridos , campos , matos , tapumes , e caminhos quasi em todo o Reino. Annual ou biennal. Floresce em Ju- nho , Julho e Agosto. He a variedade Silvestris , a qual quan- do tem 7ia umhella hum fiosculo een^ trai estéril , e atro-ptirpureo , que em certa distancia finge huma mosca alli pousada , parece pertencer antes a Daucus mauritanicus do que ao D. ca- rota. Cultiva-se nas hortas a variedade sativa de raiz branca, amareila, ou lutea-rubra , ou atra-ru- bente, usada nas mezas, em conservas ou cal- dos ; muiio digna de entrar na dieta em certos estados morbosos : diíFere da brava pelo háli- to maior, raiz mais grossa; e mais tenra. Raiz recente: cheiro aromático, não ingrato 3 P