Página:Flora pharmaceutica e alimentar portugueza.djvu/440

A-íi FLORA PHARMACEUTICA Caule nirnoso ; folhas amplexicaules , inteiras, com pequenas serreaduras. Pharm. raiz. Raiz: fusiforrae, cylindrica , descendente; casca negra , rugosa , com rugas annulares , e parca- mente íibrillosa ; parenchyma carnoso , bran- co , centro meduliar orbiculado, amplo, estria- do , estrias radiantes , pouco notáveis , em tor- no hum annel incarnado, ponteado ^ casca bran- ca , lactescente. Habita pelo norte da Beira , e perto de Miranda do Douro , e outras partes em Tras-os-montes. Floresce em Maio , e Junho. Perenne. Cheiro nullo ; sabor aquoso , he succulenta , doce. 285". S. humilis. Escorcioneira menor. Caule simplicíssimo, quasi mi, ou simpes com hum ou dois ramos ; folhas lanceoladas , ner- vosas, planas. Pharm. raiz. Raiz : grossa lenhosa , annulada. Habita nos sitios hum tanto sombrios , hum tan- to húmidos nos arredores de Torres Vedras , e de Coimbra , e outras partes da Extremadu- ra , e Sul da Beira. Floresce na primavera. Pe- renne. Sabor hum tanto amargo, lactescente. A espécie hispânica he reputada por me- ramente oleracea , e Linneo encareci- damente recommenda como pharma- ceiitica a humilis , contra o uso dos hervolarios que substituem indiffer en- te mente hum a a outra.