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E ALIMENTAR PORTUGtTEZA. 5'OJ' Habita frequente nos campos, e montes cultos e incultos na Beira , Extremadura , e outras par- tes quasi em todo o Reino. Floresce em Feve- reiro , Março , primavera , e outomno. Peren- ne. As raízes das três espécies referidas alem do uso medicinal , que se pôde fazer tanto das ultimas , como da pri- meira , podem ter também uso na eco- nomia domestica como alimentares : delias se tirão estas vantagens na Botim ia Oriental e Occidental ,^ ex- trahindo-lhes depois da torref acção ou exsiccação, e repetidas lavagens, amy- ão tão bom como o mais excellente do trigo, no qual se acha hum a porção de glúten ou principio vegeto-a'tiimal. Ajuntarei aqui mais huma quarta espécie , visto que La Marck ( Dicc. Bot. da Encycl. Meth. Tomo 3. p. 7.) diz que ella goza quasi das mesmas propriedades que as do Ar. vulgare, e que lhe parece ser a mesma planta^ de que Pison , e Aíarc grave fazem men- ção ( Hist. Brasil. Serpentária , seu Dra- cuncuhis maior) e ter sido trazida pa- ra a Europa do Brazil, . Ar. Dracunculus. Serpentina , ou Serpentária vulgar. A sua raiz he tuberosa , brota huma hastea cau- liforme , de dous ou três pés de altura , gros- sa, imperfeitamente cylindrica, envolvida nas bainhas das folhas ,- lisas , e malhadas como huma cobra. As suas folhas são grandes , pe- cioladas , apedadas , lisas , verdes , ordinaria- Sss