Transporta-me, vagão! conduze-me, fragata!
Longe 1 longe d’aqui l d’esta vala de horrores!
— ¿Não te sucedeu já, minha triste Donata,
Dizer: – Longe do mal, d’este inferno de dores,
«Transporta-me, vagão I conduze-me, fragata?»

Que longe estás de nós, oásis perfumado,
Clara região azul cheia de amor e paz,
Onde tudo que existe inspira ser amado!
Onde n’um doce enlevo a alma se compraz!
Que longe estás de nós, oásis perfumado!

Mas o verde jardim dos amor’s de creança,
Os jogos, as canções, os beijos e os raminhos,
As festas ao ar livre, a turbulenta dansa,
O vinho em cangirões, discretos segredinhos...
— Mas o verde jardim dos amor’s de creança,

o éden sem egual dos prazeres furtivos,
Onde é que se sumiu?’Stá na India ou na China?
Podêmo-lo chamar com gritos aflitivos?
Porventura ouvirá nossa voz argentina
O éden sem egual dos prazeres furtivos?