Ó monstro surdo e cego, em maldades fecundo!
Engenho salutar que exaure o sangue ao mundo
Tu não sentes pudor? o pejo não te invade?
Nenhum espelho ha que te mostre a verdade?
A grandeza do mal, com que tu folgas tanto,
Nunca, jamais, te fez recuar com espanto
Quando a Natura-mãe, com um fim ignorado, —
— Ó mulher infernal, rainha do Pecado! —
Vae recorrer a ti para um génio formar?

Ó grandeza de lama! ó ignominia sem par