Página:Grammatica Analytica da Lingua Portugueza.pdf/41

gas latinisadas, sophia, logia, ura, ia, como philosophia, zoologia, pintura, sculptura, poesia, historia.

Regra 3. Ha nomes de animaes que são mas culinos ou femininos, posto designarem ambos os sexos genericamente, de maneira que quando se quer especificar o sexo, he preciso ajuntar ao nome masculino a expressão de fêmea, e ao feminino a de macho. Exemplos : elephante, corvo, javali, crocodilo, rouxinol, harda ou esquilo, tigre, leopardo, atum, robalo, savel, bacalhao, congro, rodovalho, não admittem desinencia feminina, como peru, perua ; leão, leoa ; gallo, gallinha ; frango, franga ; cão, cadella, etc. Pelo contrario perdiz, ouça, aguia, codorniz, sardinha, sarda, cavalla, enguia, truta, corvina, pulga, mosca, e muitos outros não tem masculino correspondente. Para indicar o sexo do animal dizemos, por exemplo : o elephante macho ou fêmea, a perdiz macha ou fêmea. Cabra he a fêmea do bode.

N. B. A maior parte das plantas estão no mesmo caso, como feto, palmeira, e por isso somos obrigados a dizer : feto macho, feto fêmea, palmeira macha, palmeira fêmea. He de notar que o adjectivo macho toma a desinencia feminina, quando este he o genero do nome. Não se pode dizer palmeira macho, nem ouça macho, nem feto fêmeo, elephante fêmeo, perdiz macho. O senhor J. S. Barboza escreve erradamente a ouça macho. A razão d’esta singularidade he que a pa lavra fêmea não admitte senão a desinencia a, o