Não, recomecemos. (A rainha cáe)
Acudam á rainha; acudam!
Feridos ambos!! que é isto, senhor?
Como está Laerte?
Colhido no meu proprio laço, morro pela minha traição.
Que tem a rainha?
Desmaiou á vista do sangue.
Não, não! a bebida, a bebida! meu Hamlet, a bebida! a bebida! envenenada... (Morre.)
Oh! infamia! fechem as portas, traição! quero conhecel-a.
Eu t'o digo, é esta: Hamlet, morres assassinado, nada te póde salvar; meia hora, quando muito, te resta de vida, na tua mão ainda conservas a arma da traição afiada e envenenada; tambem sou victima da minha perfidia. Escuta, já sinto a morte, tua mãe envenenada... morro, Hamlet! o rei... só o rei culpado... (Desfallecendo.)
A ponta envenenada! veneno, cumpre o teu dever. (Fere o rei.)
Traição! traição!
Defendam-me, é apenas leve ferimento.