É um segredo.
E não sou eu capaz de o guardar? O principe conhece-me.
E eu?
Que me dirão quando o souberem: que coração humano o teria pensado. Juram-me segredo?
Jurâmos.
Não ha em toda a Dinamarca um scelerado igual.
Era necessario que um espectro saísse do tumulo para nol'o dizer?
É verdade, têem rasão. Basta de palavras, um aperto de mão, e cada um volte onde o chamam os negocios e as suas inclinações, porque todos têem inclinações e negocios, sejam quaes forem: eu, pobre pária do mundo, vou orar.
São palavras incoherentes e sem sentido, alteza.
Peza-me que te offendesses, peza-me devéras.
Em que, senhor?
Por S. Patricio, que te offendi e gravemente. Quanto á apparição de inda agora, é um phantasma honesto, digo-t'o eu. Quanto ao desejo de conhecerem, senhores, o que entre nós se passou, reprimam-n'o. E agora, meus bons amigos, em nome da nossa amisade, da nossa camaradagem de estudos e de armas, façam-me um favor.