Meu nobre senhor.
Querido principe.
Meus bons e queridos amigos, como estão, tu Guildenstern e tu tambem Rosencrantz, meus caros, como passam.
Nem bem, nem mal.
Não nos peza demasiado a nossa felicidade, e não tocâmos o ponto culminante da fortuna.
Nem temos tambem rasões de queixa.
No meio está a virtude, é quando chovem as graças.
Vivemos familiarmente com ella.
Estão pois na intimidade da fortuna; não me admira, é uma cortezã. Que novas ha?
Nenhumas, senhor, a não ser que este mundo se tornou virtuoso.
Em tal caso o seu fim está mui proximo, mas o que dizes é falso. Permittam-me uma pergunta que lhes diz respeito. Digam-me, que mal fizeram á fortuna para ella os enviar para este carcere?
Carcere, senhor?
A Dinamarca tambem é carcere.
Então é-o o mundo todo.