gicamente as pretensões da corte de Portugal, e o proprio imperador escrevera sobre isso ao novo papa, que em duas audiencias successivas concedidas aos ministros de D. João iii nos dias subsequentes á eleição, tomou conhecimento do estado daquelle espinhoso negocio. Santiquatro, a quem Duarte da Paz tentara comprar com a offerta de uma pensão de oitocentos cruzados annuaes, e que a rejeitara, tomou a defesa do rei de Portugal nessas conferencias, a que haviam sido chamadas diversas pessoas. Um certo Burla, que exercia o cargo de redactor dos diplomas pontificios e que favorecia os christãos-novos, foi ahi violentamente aggredido pelo cardeal, que lhe lançou em rosto os seus occultos meneios, e nessa conjunctura soube D. Henrique de Meneses da concessão do breve de 26 de julho cuja existencia Clemente vii prohibira se fizesse conhecer em Roma antes da sua morte. Estavam tambem presentes na sala, posto que não interviessem no debate, Duarte da Paz e outro christão-novo, chamado Diogo Rodrigues Pinto. D. Henrique de Meneses, que por muito tempo guardara silencio, declarou positivamente a Paulo iii que não tractaria de cousa alguma emquanto visse alli a quelles dous homens. Replicou-lhe o papa