trada só em setembro de 1545. Depois de sabido o facto, sobreveio nova difficuldade. Para redigir a pretendida bulla, que tinha de substituir completamente a de 1536, cujos effeitos cessavam em 1546, eram precisas certas informações de Ricci, devendo estatuirse de novo sobre todas as questões que o assumpto envolvia. Apertava Balthasar de Faria com os cardeaes De Crescentiis, Ardinghelo e Sfrondato, encarregados especialmente do negocio: mostravam-lhe elles os maiores desejos; não chegavam, porém, a conclusão alguma[1]. Por outro lado o agente d’elrei era obrigado a distrahir-se daquelle objecto com a questão do bispo de Viseu. D. João iii acceitara a proposta do papa para ser submettida essa interminavel contenda
- ↑ Veja-se a carta particular de B. de Faria para Simão da Veiga, escripta de Roma para Palermo a 30 de outubro de 1545, na Collecção do Moreira, Quad. 2, ad fin. Esta carta é um documento curioso por se encontrarem nella vestigios de que Miguel Angelo trabalhava então num quadro para Portugal, e que, como em geral costumam os artistas, não era demasiado pontual. «Michael Angelo mente todo o possivel co a cousa do nosa senhora da misericordia. Parece-me que quer dinheiro. Eilho de dar por concluir coele.»