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o amor sincero pelas instituições Monarchicas representativas, que não o desejo, a intenção de mudal-as ou alteral-as, levantou a bandeira da resistencia aos desvios do Poder; que o movimento politico_de 1842 fôra uma necessidade de circunstancia, uma consequencia forçada dos desmandos do governo; que nen-um outro dos muitos, porque tem passado o Paiz, tivera, para apparecer rasões mais solidas, nenum fôra com tanta honra condusido; nen-uns revolucionarios mostrárão mais moralidade, nem mais heroismo no desfecho da questão. Ver-se-ha que cada encontro das forças da Legalidade com os insurgentes, qualquer que fosse o partido vencedor, era sempre a Causa da Monarchia, a que recolhia o ultimo e mais brilhante triunfo; que em um e outro Exercito era a bandeira do Snr. D. Pedro II entrelaçada com a da Constituição do Estado, a que conduzia os soldados ao combate, e a que lhes infundia os brios e a coragem; que uma convicção profunda dominava a todos os insurgentes, desde a barraca do mais humilde soldado á Caza da Presidencia interina; de que a facção absolutista, a cuja frente se achavão dous homens os mais fataes ao Paiz, José Clemente Pereira, e Marquez de Paranaguá, pretendia realisar em 1842 o systema, porque se disvela desde a Independencia do Brasil. Finalmente ficará patente que as idéas Monarchicas, profundamente arraigadas nos animos dos Mineiros, e não o Exercito da Legalidade, arrancárão as armas das mãos dos insurgentes, e derão fim a um contenda, cujo desfecho não produzíra sem duvida o combate de