Marianna não achou entre ellas uma só cara conhecida, e para fugir ao exame das pessoas estranhas, foi para a janella. Da janella podia gozar a rua, sem atropello. Recostou-se; Sophia veiu ter com ella. Alguns chapéos masculinos, parados, começaram a fital-as; outros, passando, faziam a mesma cousa. Marianna aborreceu-se da insistencia; mas, notando que fitavam principalmente a amiga, dissolveu-se-lhe o tédio n'uma especie de inveja. Sophia, entretanto, contava-lhe a historia de alguns chapéos,--ou, mais correctamente, as aventuras. Um delles merecia os pensamentos de Fulana; outro andava derretido por Sicrana, e ella por elle, tanto que eram certos na rua do Ouvidor ás quartas e sabbados, entre duas e tres horas. Marianna ouvia aturdida. Na verdade, o chapéo era bonito, trazia uma linda gravata, e possuia um ar entre elegante e pelintra, mas...

--Não juro, ouviu? replicava a outra, mas é o que se diz.

Marianna fitou pensativa o chapéo denunciado. Havia agora mais tres, de egual porte e graça, e provavelmente os quatro fallavam dellas, e fallavam bem. Marianna enrubeceu muito, voltou a cabeça para o outro lado, tornou logo á primeira attitude, e afinal entrou. Entrando, viu na sala duas senhoras