arrufo. Raymundo vinha ás vezes á cidade, a mandado do tio. Caetaninha ia esperal-o ao portão, espiando anciosa. Quando elle chegava, brigavam, porque ella queria tirar-lhe os maiores embrulhos, a pretexto de que elle vinha cançado, e elle queria dar-lhe os mais leves, allegando que ella era fraquinha.

No fim de quatro mezes, a vida era totalmente outra. Póde-se até dizer que só então é que Caetaninha começou a usar rosas no cabello. Antes d'isso vinha muita vez despenteada para a mesa do almoço. Agora, não só se penteava logo cedo, mas até, como digo, trazia rosas, uma ou duas; estas eram, ou colhidas na vespera, por ella mesma, e guardadas em agua, ou na propria manhã, por elle, que ia levar-lh'as á janella. A janella era alta, mas Raymundo, pondo-se na ponta dos pés, e levantando o braço, conseguia dar-lhe as rosas em mão. Foi por esse tempo que elle adquiriu o séstro de mortificar o buço, puchando-o muito de um e outro lado. Caetaninha chegava a bater-lhe nos dedos, para lhe tirar tão máo costume.

Entretanto, as licções continuavam regularmente. Já tinham uma idéa geral do universo, e uma definição da vida, que nenhum d'elles entendeu. Assim chegaram ao quinto mez. No sexto, começou a demonstração