Página:Invenção dos aeróstatos reivindicada.pdf/47

—41—

Nada d'isto lá se cria,
Não ha penedos nem lodos,
Não ha cahir de edificios,
Não ha sentir terremotos.

Tudo é subtil, tudo é puro,
Nada é quebrado nem roto,
Centro emfim é o ar das aguias,
A terra pasto de porcos.

Se em uma parte me enfado,
Dou para a outra parte um pouso,
Levo comigo o que tenho,
Salvo a roupa livro e couro.

Rindo do frio dezembro,
Zombando do ardente agosto,
No inverno ao quente me mudo,
No estio ao fresco me colho.

Se m'enfada a gente branca
Passo in continenti ao Congo,
E se preta m'enfastia,
Volto á Allemanha em um sopro.

Aqui das nações polidas.
Alli dos barbaros povos
Leis e maximas aprendo,
Coștumes e ritos noto.

Nas campanhas, nas palestras
Ou de Bellona ou d'Appollo,
Se ha que ver em qualquer parte,
Para toda a parte corro.

Acudo a todo sitio,
A toda a funcção de gosto,