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IV.

— Mas, deveras, você gosta de mim?

— Céus! Por que me fazes essa pergunta? dizia pasmado Anacleto Monteiro.

— Eu sei! Você é tão volúvel!

— Volúvel, eu!

— Sim, você. Já me avisaram a seu respeito.

— Ah!

— Já me disseram que você gasta o seu tempo a namorar, a enganar as moças, e depois...

— Quem foi esse caluniador?

— Foi uma pessoa que você não conhece.

— Carlota, bem sabes que meu coração palpita por ti e somente por ti... Pelo contrário, você é que me parece não gostar nada... Não abane a cabeça; eu posso dar-lhe provas.

— Provas! Venha uma.

— Posso dar vinte. Em primeiro lugar, ainda não pude obter que você me desse um beijo. Que quer dizer isso, seria que você quer só passar o tempo?

Carlota fez uma careta.

— Que tem? que é? disse Anacleto Monteiro angustiado.

— Nada; uma pontada.

— Costumas ter isso?