começando na primeira... e quando tenteei a ultima... e que entre as duas os meus dedos, formigando, deram com a Cruz do Salvador... fui levantando o Crucificado... bem em frente da bruxa, em salvatério... na altura do seu coração... na altura da sua garganta... da sua boca... na altura dos...

E aí parou, porque olhos de amor, tão soberanos e cativos, em mil vidas de homem como o aroma sai da flor que vai apodrecendo...

Cada noite

era meu ninho o regaço da moura; mas quando batia a alva, ela desaparecia ante a minha face cavada de olheiras...

E crivado de pecados mortais, no adjutório da missa trocava os amém, e todo me estortegava e doía quando o padre lançava a benção sobre a gente ajoelhada, que rezava para alivio dos seus pobres pecados, que nem pecados eram, comparados com os meus...

Uma noite ela quis misturar o mel do seu sustento com o vinho do sacrifício; e eu fui, busquei no altar o copo de ouro consagrado, todo lavorado de palma e resplendores; e trouxe-o, transbordante, transbordando...

E embebedados caímos, abraçados.

Sol nado, despertei

estava cercado pelos santos padres.

Eu, descomposto; no chão o copo, entornado; sobre o oratório, desdobrada, uma charpa de seda, lavrada de bordaduras, exóticas, onde sobressaía uma meia-lua prendendo entre as aspas uma estrela...