de garganta seca e a cabeça atordoada mandou botar uma bebida.

Bebeu; e puxou da guaiaca a onça e pagou; era tão mínima a despesa e o câmbio que veio, tanto, que pasmou, olhando para ele, de tão desacostumado que andava de ver dinheiro tanto, que chamasse seu...

E de dedos engatanhados socou-o todo para dentro do afogado.

Calado, montou de novo, retirando-se.

No caminho foi pensando nas todas cousas que carecia e que iria comprar. Entre aperos e armas e roupas, um lenço grande e umas botas, outro cavalo, umas esporas e embelecos que pretendia, andava tudo por uma mão cheia de cruzados; e a si próprio perguntava se aquela onça encantada, dada para indez, teria mesmo o condão de entropilhar outras muitas, tantas como as que precisava, e mais ainda, outras e outras que seu desejo fosse despencando? !...

Chegou ao posto, e como homem avisado, não falou do que fizera durante o dia, apenas do boi barroso, que campeiou e não achou; e no seguinte, logo cedo saiu a campeiar a prova do prometido.

Naquele mesmo negociante ajustou umas roupas tafulonas; e mais uma adaga de cabo e bainha com anéis de prata; e mais as esporas e um rebenque de argolão.

Toda a compra passava de três onças.

E Blau, as frontes latejando, a boca cerrada, num aperto que lhe fazia doer o carrinho, piscando os olhos, a respiração atropelada, todo ele numa desconfiança, Blau, por debaixo do seu balandrau remendado começou a gargantear a guaiaca... e caiu uma onça... e outra... e outra!... As quatro, que por agora eram tão de jeito!...