Mas não caíram duas e duas ou três e uma, ou as quatro, juntas, porém sim de uma a uma, as quatro, de cada vez só uma...

Voltou ao rancho com a maleta atochada, mas como homem avisado, não falou do acontecido.

No outro dia seguiu a outro rumo, para outro negociante mais forte e de prateleiras mais variadas. Já levava alinhavado o sortimento que ia fazer, e muito em ordem foi encomendando o aparte das cousas, tendo o cuidado para não querer nada de cortar, só peças inteiras, que era para, no caso de falhar a onça, recuar da compra, fazendo um feio, é verdade, mas não sendo obrigado a pagar estrago algum. Notou a conta, que andava por quinze onças, uns cruzados p’ra menos.

E outra vez, por debaixo do seu balandrau remendado, começou a gargantear a guaiaca, e logo lhe foi caindo na mão uma onça... e segunda... outra... e quarta, mais outra, e sexta... e assim de uma em uma, as quinze necessárias!

O negociante ia recebendo e alinhando sobre o balcão conforme vinham minando da mão do pagador, e quando estavam todas disse, entre risonho e desconfiado:

— Cuê-pucha!... cada das onça das suas parece que é um pinhão, que é preciso descascar à unha!...

No terceiro dia passou na estrada uma cavalhada; Blau fez parar a tropa e ajustou uma quadrilha, apartada por ele, à sua vontade, e como facilitou o preço, fechou-se o trato.

Ele e o capataz, sós no meio da cavalhada iam fazendo mover-se os animais; no apinhado de todas Blau marcava a cabeça que mais lhe agradava pelo focinho, pelos olhos, pelas orelhas; com um sovéu fino, de armada pequena, reboleava por dentro e ia, certo, laçar o bagual escolhido;