Assim era — Tiaraiú — ,
Chamado — Sepé, — por gosto.

Eram armas de Castela
Que vinham do mar de além;
De Portugal também vinham
Dizendo, por nosso bem:
Mas quem faz gemer a terra...
Em nome da paz não vem!

Cresceu em sabedoria
E mando dos povos seus;
Os padres o instruíram
Para o serviço de Deus
E conhecer a defesa
Contra os males do ateus...

Era moço e vigoroso,
E mui valente guerreiro:
Sabia mandar manobras
Ou no campo ou no terreiro;
E na cruzada dos perigos
Sempre andava de primeiro.

Das brutas escaramuças
As artes e artimanhas
Foi o grande Languiru
Que lh’ensinou; e as façanhas,
De enredar o inimigo
Com o saber das aranhas...

E, tudo isto, aprendia;
E tudo já melhorava,
Sepé — Tiaraiú, chefe
Que o Sete Povos mandava,
Escutado pelos padres,
Que cada qual consultava.

Eram armas de Castela
Que vinham do mar de além;