De Portugal também vinham
Dizendo, por nosso bem:
Mas quem faz gemer a terra...
Em nome da paz não vem!

E quando a guerra chegou
Por onde os Reis de além,
O lunar do moço índio
Brilhou de dia também,
Para que os povos vissem
Que Deus lhe queria bem...

Era a lomba da defesa,
Nas coxilhas de I-bagé,
Cacique muito matreiro
Que nunca mudou de fé;
Cavalo deu a ninguém...
E a ninguém deixou de a pé...

Lançaram-se cavaleiros
E infantes, com partazanas,
Contra os Tapés defensores
Do seu pomar e cabanas;
A mortandade batia,
Como ceifa de espadanas...

Couraças duras, de ferro,
Davam abrigo à vida
Dos muitos, que, assim fiados,
Cercavam um só na lida!...
Um só, que de flecha e arco,
Entra na luta perdida...

Eram armas de Castela
Que vinham do mar de além;
De Portugal também vinham
Dizendo, por nosso bem:
Mas quem faz gemer a terra...
Em nome da paz não vem!