nossa Palmira! Hein? não lhe parece que o prazer da volta compensa um pouco os sacrifícios da ausência?

— Ausência de quase um ano!...

— Qual! Ela está grávida de três meses, creio. Ponhamos um para a viagem — quatro! Ao senhor basta demorar-se lá seis ou sete, quando muito... Ora, seis meses passam depressa, principalmente em passeio pela Europa, vendo coisas bonitas!...

— Bonitas! Bonito será se, daqui em diante, mal perceba que a mulher está grávida, tenha de entrouxar as malas a toda a pressa e fugir para Europa!

— Ora deixe lá o futuro, que a Deus pertence, meu filho, e cuidemos do presente, que é a nossa obrigação. E já não fazemos pouco!

Quando nos separamos essa noite, depois do chá, meu genro estava resignado a fazer a viagem. Faltava-me, porém, a outra, que me parecia mais difícil de ceder, sem ficar prostrada pelo sacrifício.