Suspiros. Olhares saudosos pousados na mesinha outr'ora tão farta, onde havia assucar, pó, espirito de vinho, pão...

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— Dá-me um cigarro ?

— Não tenho, fumei o ultimo hontem.

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— Tens um tostão ahi ?

— Não; para que ?

— Para mandar buscar uma lata d'agua. Não temos agua para lavar o rosto amanhã.

— Olha o fidalgo! pois vanos laval-os no Parahyba; tão perto...

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— Si eu tivesse um nickel!..

— Que fazias ?

— Mettia-o na caixa economica.

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Após a penuria a humilhação. Um Rockfeller surgiu entre nós, o Marcolino[1]. Entrou nesse dia batendo os pés. Sentou-se na cadeira de balanço e estirou-os sobre o sofá. Saccou do bolso um cigarro e poz se a pital-o com magesta-

  1. Marcelino de Santos