a que chamam “automóveis” e “eléctricos” (empregam alguns a palavra Bond, voz espúria, vinda certamente do inglês), contractaram os diligentes edis, uns antropoides, monstros hipocentáureos azulegos e monótonos, a que congloba o título de Limpeza Pública; que “per amica silencia lunae”, quando cessa o movimento e o pó descansa inócuo, saem das suas mansões, e, com os rabos girantes a modo de vassouras cilíndricas, puxadas por muares, soerguem do asfalto a poeira e tiram os insectos do sono, e os concitam á actividade com largos gestos e grita formidanda. Estes afazeres nocturnos são discretamente conduzidos por pequeninas luzes, dispostas de longe em longe, de maneira a permanecer quasi total a escuridade, não perturbem elas os trabalhos de malfeitores e ladrões.

A cópia destes se nos afigura realmente excessiva; e temos que são a única usança que não se coaduna com nosso temperamento, ordeiro e pacífico de seu natural. Porém, longe de nós qualquer reproche aos administradores de São Paulo, pois sabemos muito bem que aos valerosos paulistas, são aprazíveis tais malfeitores e suas artes. São os paulistas gente ardida e avalentoada, e muito afeita ás agruras da guerra. Vivem em combates singulares e colectivos, todos armados da cabeça aos