Uma feita era dia da Flor, festa inventada pros brasileiros serem caridosos e tinha tantos mosquitos carapanās que Macunaíma largou do estudo e foi na cidade refrescar as ideas. Foi e viu um desproposito de coisas. Parava em cada vitrina e examinava dentro dela aquela porção de monstros, tantos que até parecia a serra do Ererê onde tudo se refugiou quando a enchente grande inundou o mundo. Macunaíma passeava passeava e encontrou uma cunhatã com uma urupema carregadinha de rosas. A mocica fez êle parar e botou uma flor na lapela dele, falando:

— Custa milreis.

Macunaíma ficou muito contrariado porque não sabia como era o nome daquele buraco da má quina roupa onde a cunhatã enfiara a flor. E o buraco chamava botoeira. Imaginou esgarafunchando na memoria bem mas nunca não ouvira mesmo o nome daquele buraco. Quis chamar aquilo de buraco porêm viu logo que confundia com os outros buracos deste mundo e ficou com vergonha da cunhată. “Orificio ”era palavra que a gente escre via mas porém nunca ninguem não falava “orificio” não. Depois de pensamentear pensamentear não havia meios mesmo de descobrir o nome daquilo e pôs reparo que da rua Direita onde topara com a cunhatã já tinha ido parar adiante de São Bernardo, passada a moradia de mestre Cosme. Então voltou, pagou pra moça e falou de ventainchada: