bimque virou na lavapés chamada Megue, pequetitinha, subiu na acapú, ferrou o Pai do Mutum bem no furinho do nariz, enrolou o corpico e trazendo o não-se-diz entre os ferrões, juquel esguichou acido-formico aí. Chi! minha gente! Isso Pauí-Podole abriu num vôo esparramado com a dor e espirrou Megue longe! O feiticeiro nem não poude sair mais do corpo de Megue, do susto que pegou. E ficou mais essa praga da formiguinha lavapés pra nós... Gente!

“Pouca saúde e muita saúva
Os males do Brasil são!”

já falei... No outro dia Pauí-Pódole quis ir morar no céu pra não padecer mais com as formigas da nossa terra, fez. Pediu pro compadre vagalume alumiar o caminho na frente com as lanterninhas verdes bem acesas. O vagalume Cunavá sobrinho do outro, foi na frente alumiando caminho pra Camaiuá e pediu pro mano que fosse na frente alumiando pra ele tambem. O mano pediu pro pai, o pai pediu prá mãi, a măi pediu pra toda a geração, o chefe-de-policia e o inspetor do quarteirão e muitos muitos, uma nuvem de vagalumes foram alumiando caminho uns pros outros. Fizeram, gosfaram de lá e sempre uns atrás dos outros nunca mais não voltaram do campo vasto do céu. É aquele caminho de luz que daqui se enxerga atravessando o espaço. Pauí-Pódole então avoou pro céu