sustou as galinhas com pintos de ouro do Camutengo perto de Natal. Legua e meia adiante abandonando a margem do São Francisco entrou por uma brecha aberta no morro alto. Ia seguindo quando escutou um “psiu” de cunhã. Parou morto de medo. Então saiu do meio da catinga-de-porco uma dona alta e feiosa com trança até o pé. E a dona perguntou cochichado pro heroi:
— Já se foram?
— Se foram, quem!
— Os holandeses!
— Você está caducando, que holandês esse! Não tem holandês nenhum, dona!
Era Maria Pereira cunhã portuga amufumbada naquela brecha de morro desde a guerra com os holandeses. Macunaíma não sabia bem mais em que parte de Brasil estava e lembrou de perguntar.
— Me diga uma coisa, filho de gambá é raposa, como que chama êste lugar?
A cunhã secundou emproada:
— Aqui é o Buraco de Maria Pereira.
Macunaíma soltou uma grande gargalhada e escafedeu enquanto a mulher amoitava outra vez. O heroi seguiu de carreira e enfim passou prá outra banda do rio Chuí. Foi lá que topou com o tuiuiú pescando.
— Primo Tuiuiú, você me leva pra casa?
— Pois não!
Logo o tuiuiú se transformou na máquina aeroplano, Macunaíma escanchou no aturiá vazio e