nhos de geada, espraiados pancadas pedrais funis bocâinas barroqueiras e rasouras, todos êsses lugares, campeando nas ruinas dos conventos e na base dos cruzeiros pra ver si não achavam alguma panela com dinheiro enterrado. Não acharam nada.

— Paciencia, manos! Macunaíma repetiu macambusio. Jogamos no bicho!

E foi na praça Antonio Prado meditar sobre a injustiça dos homens. Ficou lá encostado num platano muito bem. Todos os comerciantes e aquele desproposito de máquina passavam rentinho do heroi grugunzando sobre a injustiça dos homens. Macunaíma já estava disposto a mudar o distico pra: “Pouca saúde e muitos pintores os males do Brasil são” quando escutou um “Ihihih!” chorado atrás. Virou e viu no chão um ticotico e um chupim.

O ticotico era pequetitinho e o chupim era macota. O ticotiquinho ia dum lado pra outro acompanhado sempre do chupinzão chorando pro outro dar de comer pra êle. Fazia raiva. O ticotiquinho imaginava que o chupinzão era filhote dele mas não era não. Então voava, arranjava um decumê por ai que botava no bico do chupinzão. Chupinzão engolia e pegava na manha outra vez: “Ihihih! mamãi... telo decumê!... telo decumê!...” lá na língua dele. O ticotiquinho ficava azaranzado porquê estava padecendo fome e aquele nhenhenhem-nhenhenhem azucrinando êle atrás, diz-que “Telo decumê!... telo decumê!...”, não podia com