o amor sofrendo. Largava de si, voava buscar um bichinho uma quirerinha, todos êsses decumês, botava no bico do chupinzão, chupinzão engulia e principiava atrás do ticotiquinho outra vez. Macunaíma estava meditando na injustiça dos homens e teve um amargor imenso da injustiça do chupinzão. Era porquê Macunaíma sabia que de primeiro os passarinhos foram gente feito nós... Então o heroi pegou num porrete e matou o ticotiquinho.

Foi-se embora. Depois que andou legua e meia sentiu calor e lembrou de beber pinga pra refrescar. Trazia sempre num bolso do paletô uma garrafinha de pinga presa ao puíto por uma corrente de prata. Desarrolhou e chupitou de manso. Eis sinão quando escutou atrás um “Ihihih!” chorando. Virou sarapantado. Era o chupinzão.

— Ihihih! papai... telo decumê!... telo decumê!... lá na língua dele.

Macunaíma ficou com odio. Abriu o bolso onde estava guardado aquilo do micura e falou:

— Pois coma então!

Chupinzão pulou na beira do bolso e comeu tudo sem saber. Foi engordando engordando, virou num passaro preto bem grande e voou pros matos gritando “Afinca! Afinca!”. É o Pai do Vira.

Macunaíma seguiu caminho. Legua e meia adiante estava um macaco mono comendo coquinho baguassú. Pegava no coquinho, botava no vão das pernas junto com uma pedra, apertava e ju-