panheira prá pensão e deixou o mano fatigado na beira da lagoa entre cisnes.

Do outro dia em diante Jiguê é que fazia as compras deixando a companheira prêsa no quarto. Suzí sem quefazer passava o tempo contrariando a moralidade mas uma feita o santo Anchieta vindo ao mundo passou pela casa dela e por piedade ensinou-a a catar piolhos. Suzí possuia uns cabelos ruivos á la garçonne e sustentava muitos piolhos, muitos! Agora não sonhava mais não que tinha lagosta por debaixo da macaxeira nem não fazia imoralidades. Quando Jiguê partia ela tirava os cabelos e espetando-os no porrete do companheiro, catava piolhos. Mas tinha muitos piolhos, muitos! Então com medo que o companheiro apanhasse ela no trabalho, falou assim:

— Jiguê, meu companheiro Jiguê, quando você volta do mercado bate primeiro na porta, bate todos os dias uma porção de tempo pra mim ficar contente e ir cozinhar a macacheira.

Jiguê falou que sim. Todos os dias ia no mercado comprar macacheira e quando voltava batia demorado na porta. Então a cunhã botava os cabelos na cabeça e ficava esperando Jiguê.

— Suzí, minha companheira Suzí, bati uma porção de vezes na porta, será que você alegrou?

— Muito! ela fez. E foi cozinhar a macacheira.

E todos os dias era assim. Mas tinha muitos piolhos, muitos! É que ela contava os catados um por um e por isso os piolhos aumentavam. Uma