feita Jiguê matutou no que ficava fazendo a companheira quando êle ia no mercado e teve vontade de assusta-la, fez. Virou de pernas pro ar e veio andando nas pontas das mãos. Abriu a porta e assustou Suzí. Isso ela gritou botando afobada a cabeleira na cabeça. E os cabelos da testa ficaram no cangote e os cabelos do cangote ficaram na testa escorrendo. Jiguê xingou Suzí de porca e deu nela até escutar alguém subindo a escada. Era Chico vindo de baixo. Então Jiguê parou e foi afiar a bicuda.

No outro dia Macunaíma estava outra vez com vontade de brincar com a companheira de Jiguê. Falou pros manos que ia numa caçada longe porêm não foi não. Comprou duas garrafas de licor de butiá catarinense uma dúzia de sanduíches dois abacaxis de Pernambuco e se amoitou no quartinho. Passado tempo saiu de lá e falou pra Jiguê, mostrando o embrulho:

— Mano Jiguê, no fim de muitas ruas, você indo, tem uma fruteira trilhada. Vi um poder de caça, vá ver!

O mano espiou desconfiado pra êle porêm Macunaíma disfarçou bem:

— Olhe, tem paca tatú cotia… Minto, cotia não enxerguei nenhuma. Paca tatú, cotia não.

Jiguê emprenhava pelas oiças mesmo, foi logo pegando na espingarda e falou:

— Então vou porêm mano jura primeiro que não brinca com minha obrigação.