estrada e fazia muitos negocios porquê não se incomodava de vender fiado. Tanto fiou tanto fiou, tanto brasileiro não pagou que afinal carrapato quebrou e foi posto pra fora da vendinha. Ele agarra tanto na gente porquê está cobrando as contas.

Quando Macunaíma chegou da cidade já era noite fechada e êle foi logo tocaiar a casa do gigante. Tinha neblina sobre o mundo e a casa estava sem ninguem de tanta que era a escureza. Macunaíma se lembrou de procurar uma criada pra brincar porêm tinha estacionamento das máquinas taxis na esquina e as cunhãs já estavam brincando por aí. Macunaíma se lembrou de armar arapuca pros curiós mas faltava isca. Não havia que fazer e sentiu sono. Porêm dormir não queria não porquê estava esperando Venceslau Pietro Pietra. Imaginou: “Agora vou vigiar e quando Sono vier enforco êle”. Não demorou muito viu um vulto chegando. Era Emoron-Pódole, o Pai do Sono. Macunaíma ficou muito parado entre os ninhos de cupim pra não espantar o Pai do Sono e poder mata-lo. Emoron-Pódole veio vindo veio vindo e quando já estava pertinho, o herói cochilou, bateu com o queixo no peito, mordeu a lingua e gritou:

— Que susto!

O Sono fugiu logo. Macunaíma seguiu andando muito desapontado. “Ora veja só! Não peguei mas quasi... Vou esperar outra vez e macacos me lambam si agora não pego o Pai do Sono e enforco