— Vão na praia do mar, amarelos olhos de minha comadre tigre, depressa depressa depressa!

Os olhos foram e a tigre preta ficou cega. Aimalá-Pódole estava lá e juque! enguliu os olhos da tigre. Palauá maliciou tudo porquê o Pai da Traíra estava cheirando mui forte. Foi tratando de se raspar. Porêm a tigre preta que era mui feroz presenciou a fugida e falou prá onça parda:

— Espera um pouco, comadre!

— Não vê que careço de buscar janta pra meus filhos, comadre. Então até outro dia.

— Primeiro manda meus olhos voltarem, comadre, que já tomei um fartão de escureza.

Palauá gritou:

— Venham da praia do mar, amarelos olhos de minha comadre tigre, depressa depressa depressa!

Porêm os olhos não voltaram não e a tigre preta ficou feito fúria.

— Agora que te engulo, comadre!

E correu atrás da onça parda. Foi uma chispada mãi por esses matos que chii! os passarinhos se tornaram pequetitinhos pequetitinhos de medo e a noite levou um susto tamanho que ficou paralitica. Por isso que quando faz dia em riba das árvores, dentro do mato é sempre noite. A coitada não pode mais andar...

Quando Palauá correu legua e meia olhou pra trás fatigada. Porêm a tigre preta vinha perto. Vai, Palauá chegou num morro chamado Ibiraçoi-