aba e topou com uma bigorna gigante, aquela uma que pertencia á fundição de Afonso Sardinha no princípio da vida brasileira. Junto da bigorna estavam quatro rodas esquecidas. Então Palauá amarrou elas nos pés pra poder deslizar sem muito esfôrço e, como se diz: desatou o punho da rede outra feita. Uma chispada mãi! A onça enguliu num atimo legua e meia de terreno porêm isso vinha que vinha acochada pela tigre. Faziam um barulhão tamanho que os passarinhos estavam pequetitinhos pequetitinhos de medo e a noite mais sombria por causa que não podia andar. E a bulha inda era assombrada pelos gemidos do noitibó... Noitibó é Pai da Noite, moços, e chorava a miséria da filha.

Bateu fome em Palauá. A tigre na cola dela. Mas Palauá nem não podia mais correr assim com o estomago nas costas, vai, em de mais longe quando passou pela barra do Boipeba onde o cuizarrúim morou, viu um motor perto e enguliu o tal. Nem bem motor caiu na barriga da onça que a pobre criou fôrça nova e chispou. Fez legua e meia e olhou pra trás. Isso a tigre preta vinha feita pra cima dela. Estava uma escureza que só vendo por causa da malinconia da noite e bem na frente dum feixo a onça deu uma trombada temivel no derrame dum morrete, que por um triz, era uma vez Palauá! Vai, ela abocanhou dois vagalumões e seguiu com êles nos dentes pra alumiar caminho. Nem bem fez outra legua e meia olhou pra trás.