possuia mais nem um tostão do que ganhara no bicho porêm lhe balangando no beiço furado pendia a pedra verde.

E por causa dela tudo ficara mais facil. Desciam de rodada o Araguaia e quando Jiguê remava Maanape manejava o joão-de-pau. Se sentiam marupiaras outra vez. Pois então Macunaíma adestro na proa tomava nota das pontes que carecia construir ou concertar pra facilitar a vida do povo goiano. Noite chegada, enxergando as luzinhas dos afogados sambando manso nas ipueiras da cheia Macunaíma olhava olhava e adormecia bem. Acordava esperto no outro dia e erguido na proa da igarité com o argolão da gaiola enfiado no braço esquerdo, repinicava na violinha botando a boca no mundo cantando saudades da querencia, assim:

“Antianti é tapejara,
— Pirá-uauau,
Ariramba é cozinheira,
— Pirá-uauau,
Taperá, onde a tapera
De beira do Uraricoera?
— Pirá-uauau...”

E o olhar dele espichando espichando descia a pele do rio em busca dos pagos da infancia. Descia e cada cheiro de peixe cada moita de craguatá cada tudo, punha entusiasmo nele e o heroi botava