na guela e lá foi pro chão todo o cará engulido que virou num tartarugal mexemexendo. Oibê custou pra virar aquela imundicie de tartaruga e Macunaíma fugiu. Legua e meia adiante olhou pra trás. Isso Oibê vinha na cola dele. Então tornou a botar o furabolo na goela e lançou que era só feijão e água. Tudo virou num lamedo cheio de sapos-bois e enquanto Oibê se debatia atravessando aquilo, o heroi catava umas minhocas prás galinhas e partia afobado. Ganhou muita dianteira e parou pra descansar. Ficou bem admirado porquê tinha corrido tanto que estava outra feita na porta do rancho de Oibê. Resolveu se esconder no pomar. Tinha um pé de carambola e Macunaíma principiou arrancando ramos do caramboleiro pra se amoitar por debaixo. Os ramos cortados agarraram pingando agua de lágrima e se escutou o lamento do caramboleiro:

“Jardineiro de meu pai,
Não me cortes meus cabelos,
Que o malvado me enterrou
Pelo figo da figueira
Que passarinho comeu...
— Chó, chó, passarinho!

Todos os passarinhos choraram de pena gemida nos ninhos e o heroi gelou de susto. Agarrou no patuá que trazia entre os berloques do pescoço e traçou uma mandinga. O caramboleiro virou numa