— Carne de minha perna! carne de minha perna! que o Currupira vinha gritando.

— Que foi? secundou a carne já na poça.

Macunaíma ganhou os bredos pro outro lado e escapou.

Légua e meia adiante por detrás dum formigueiro escutou uma voz cantando assim:

“Acuti pitá canhém...” lentamente.

Foi lá e topou com a cotia farinhando mandioca num tipiti de jacitara.

— Minha vó, dá aipim pra mim comer?

— Sim, cotia fez. Deu aipim pro menino, perguntando:

— Que que você está fazendo na caatinga, meu neto?

— Passeando.

— Ah o quê!

— Passeando, então!

Contou como enganara o Currupira e deu uma grande gargalhada. A cotia olhou pra ele e resmungou:

— Culumi faz isso não, meu neto, culumi faz isso não... Vou te igualar o corpo com o bestunto.

Então pegou na gamela cheia de caldo envenenado de aipim e jogou a lavagem no piá. Macunaíma fastou sarapantado mas só conseguiu livrar a cabeça, todo o resto do corpo se molhou. O herói deu um espirro e botou corpo. Foi desempenando crescendo fortificando e ficou do tamanho dum homem