gaceando um inambu-guassú. Você fez bulha, nhambú escapoliu!

Voltaram. E assim todos os dias. Os manos andavam muito desconfiados. Macunaíma percebeu e disfarçou bem:

— Eu caço porêm não acho nada não. Jiguê nem caça nem pesca, passa o dia dormindo.

Jiguê teve raiva porquê peixe andava rareando e caça inda mais. Foi na praia do rio pra ver si pescava alguma coisa e topou com o feiticeiro Tzaló que tem uma perna só. O catimbozeiro possuia uma cabaça encantada feita com a metade duma casca de gerimum. Mergulhou a cabaça no rio, encheu de agua até o meio e despejou na praia. Caiu um desproposito de peixe. Jiguê reparou bem como que o feiticeiro fazia. Tzaló largou da cabaça por aí e principiou matando peixe com um porrete. Então Jiguê roubou a cabaça do feiticeiro Tzaló que tem uma perna só.

Mais pra diante fez que nem tinha reparado e veio muito peixe, veio pirandira veio pacú veio cascudo veio bagre jundiá tucunaré, todos êsses peixes e Jiguê voltou carregado prá tapera depois de esconder a cabaça na raiz do cipó. Todos ficaram sarapantados com aquele mundo de peixe e comeram bem. Macunaíma desconfiou.

No outro dia esperou com o ôlho esquerdo dormindo que Jiguê fosse pescar, saiu atrás. Descobriu tudo. Quando o mano foi-se embora Macunaíma largou da gaiola com os legornes no chão pegou