na cabaça escondida e fez que nem o mano. Isso vieram muitos peixes, veio acará veio piracanjuba veio aviú gurijuba, piramutaba mandú surubim, todos êsses peixes. Macunaíma atirou a cabaça por aí, na pressa de matar todos os peixes, cabaça caiu numa lapa e juque! mergulhou no rio. Passava a pirandira chamada Padzá. Imaginou que era abobra e enguliu a cabaça que virou na bexiga de Padzá. Então Macunaíma enfiou a gaiola no braço voltou prá tapera e contou o sucedido. Jiguê teve raiva.

— Cunhada princesa, eu que pesco, seu companheiro fica dormindo embaixo da ingazeira e inda atrapalha os outros!

— Mentira!

— Então o que você fez hoje?

— Cacei viado.

— Que-dele êle!

— Comi, uai! Fui andando por um caminho, vai, topei rasto dum... catingueiro não era não mas era mateiro. Me agachei e fui no rasto. Olhando olhando, sabe, dei uma cabeçada numa coisa mole, que engraçado! sabem o que era! pois a bunda do viado, gente! (Macunaíma deu uma grande gargalhada.) Viado perguntou pra mim: — Que está fazendo aí, parente! — Te campeando! secundei. E vai, matei o catingueiro que comi com tripa e tudo. Vinha trazendo um naco pra vocês, vai, escorreguei atravessando o ipú, dei um tombo, naco foi parar longe e tanajura sujou nele.