va, paciencia!...” E tinha encolhido os ombros. A princesa raivosa falou prá sombra:

— Quando o heroi for passear de fome você vira num cajueiro numa bananeira e num churrasco de viado.

A sombra era envenenada por causa da lepra e a princesa queria matar Macunaíma.

No outro dia o heroi acordou com tanta fome que foi espairecer passeando. Topou com um cajueiro cheio de frutas. Quis comer porêm presenciou que era a sombra leprosa e passou adiante. Legua e meia depois topou com um churrasco de viado fumegando. Já estava roxo de fome porêm pôs reparo que o churrasco era a sombra leprosa e passou adiante. Legua e meia depois topou com uma bananeira carregadinha de pencas maduras. Mas agora o heroi já estava que vinha vesgo de tanta fome. A vesgueira fez êle enxergar dum lado a sombra do mano e do outro a bananeira.

— Arre que posso comer! fez.

E devorou todas as pencas. E as bananas eram da sombra leprosa de mano Jiguê. Macunaíma ia morrer. Então se lembrou de passar a doença nos outros pra não morrer sozinho. Pegou numa formiga saúva e esfregou bem ela na ferida do nariz, formiga já foi gente que nem nós e a saúva ficou leprosa. Então o heroi agarrou a formiga jaguatací e fez o mesmo. Jaguatací ficou leprosa tambem. Então foi a vez da formiga aquêque devoradora de sementes e da formiga guiquem, da formiga tracuá