se deixar viver; e pra parar na cidade do Delmiro ou na ilha de Marajó que são desta terra carecia de ter um sentido. E êle não tinha coragem pra uma organização. Decidiu:

— Qual o quê!... Quando urubú está de caipora o de baixo caga no de cima, êste mundo não tem qeito mais e vou pro céu!

Ia pro céu viver com a marvada. Ia ser o brilho bonito mas inutil porêm de mais uma constelação. Não fazia mal que fosse brilho inutil não, pelo menos era o mesmo de todos êsses parentes, de todos os pais dos vivos da sua terra, mãis pais manos cunhãs cunhadas cunhatãs, todos êsses conhecidos que vivem agora do brilho inutil das estrêlas.

Plantou uma semente do cipó matamatá, filho-da-luna e enquanto o cipó crescia agarrou numa itá pontuda e escreveu na lage que já fôra jabotí num tempo muito de dantes:

NÃO VIM NO MUNDO PARA SER PEDRA

A planta já tinha crescido e se agarrava numa ponta de Capêi. O heroi capenga enfiou a gaiola dos legornes no braço e foi subindo pro céu. Cantava triste:

— “Vamos dar a despedida,
— Taperá,
Talequal o passarinho,