— Taperá,
Bateu asa foi-se embora,
— Taperá,
Deixou a pena no ninho.
— Taperá...”

Lá chegado bateu na maloca de Capêi. A Lua desceu no terreiro e perguntou:

— Quê que quer, sací?

— Abênção minha madrinha, me dá pão com farinha?

Então Capêi reparou que não era sací não, era Macunaíma o heroi. Mas não quis dar pensão pra êle, se lembrando do fedor antigo do heroi. Macunaíma enfezou. Deu uma porção de munhecaços na cara da Lua. Por isso que ela tem aquelas manchas escuras na cara.

Então Macunaíma foi bater na casa de Caiuanogue, a estrêla-da-manhã. Caiuanogue apareceu na janelinha pra ver quem era e confundida pelo negrume da noite e a capenguice do heroi, perguntou:

— Que é que quer, sací?

Mas logo pôs reparo que era Macunaíma o heroi e nem esperou resposta se lembrando que êle cheirava muito fedido.

— Vá tomar banho! falou fechando a janelinha.

Macunaíma tornou a enfezar e gritou:

— Vem prá rua, cafageste!