— Sai Exu!

porque Exu era o diabo-coxo, um capiroto malévolo, mas bom porém pra fazer malvadezas, era um tormento na sala uivando:

— Uúum!... uúum!... Exu! Nosso padre Exu!... E o nome do diabo reboava com estrondo diminuindo o tamanhão da noite fora. O sairê continuava:

— Ôh Rei Nagô!

— Va-mo sa-ra-vá!...

Docinho na reza monótona.

— Ôh Baru!

— Va-mo sa-ra-vá!...

Quando sinão quando tia Ciata parava gritando com gesto imenso:

— Sai Exu!

porque Exu era o pé de pato, um jananaíra malévolo. E de novo era o tormento na sala uivando:

— Uúum!... Exu! Nosso padre Exu!...

E o nome do diabo reboava com estrondo encurtando o tamanho da noite.

— Ôh Oxalá!

— Va-mo sa-ra-vá!...

Era assim. Saudaram todos os santos da pajelança, o Boto-Branco que dá os amores. Xangô, Omulu, Iroco, Oxosse, a Boiuna Mãe feroz, Obatalá que dá força pra brincar muito, todos esses santos e o sairê se acabou. Tia Ciata sentou na tripeça