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os selvagens do Brasil
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das arvores cahiu para o lado delles e outra sobre a agua, um pouco atráz dos nossos barcos.

Depois tratamos de romper por entre a tranqueira de arvores que barravam as aguas, e, precisando para isso de auxilio, chamamos a altos brados nossos companheiros da colonia, a qual ficava perto, embora occulta por um capão de matto.

Os selvagens fizeram então uma grande atroada, de modo que nossos gritos se confundissem com os seus e não pudessem ser ouvidos da colonia.

Foi exactamente o que succedeu ; mas mesmo sem o soccorro pedido conseguimos varar a barreira e penetrar com as provisões de Itamaracá na estacada de Iguarassú.

Vendo isto, os selvagens desanimaram e pediram paz, retirando-se em seguida, após quasi um mez de cêrco.

Quando vimos tudo normalizado, deixamos a colonia, de regresso á nossa nau. Em Olinda tomámos agua, carregámos com farinha de mandioca e, depois de receber os agradecimentos do commandante Duarte Coelho, levantámos ferro.