trégua de Deus entre homens de todos os modos de sentir e pensar a respeito das outras questões. O primeiro que na Câmara elevou a voz para pedir a abolição imediata, o deputado Jerônimo Sodré, é um católico proeminente. O co-proprietário do jornal abolicionista de Pernambuco, que sustenta a minha política, é o presidente de uma sociedade católica, o sr. Gomes de Mattos. Os bispos e os abolicionistas trabalham agora de comum acordo. Essa trégua tem durado até hoje sem perturbação, e espero que dure por muito tempo ainda. Abolida a escravidão, resta proteger o escravo livre. Nesse campo nada em nossas leis impede que a Igreja entre em concorrência para obter a clientela da raça que tiver ajudado a resgatar. Não seremos nós, abolicionistas, que havemos de impedir a aproximação entre os novos cidadãos e a única religião capaz de os conquistar para a civilização. As vistas do país voltar-se-ão para as outras questões do melhoramento da condição do povo, da criação da vida local, em que pode e deve continuar a trégua, ou melhor, a aliança. Se a Igreja conseguir recomendar-se ao reconhecimento da raça escrava, concorrendo para o seu resgate, os abolicionistas por certo não lhes hão de aconselhar a ingratidão.’

O Papa ouviu-me todo o tempo com a maior simpatia e justificou-me de ter pedido mais que o cardeal Manning julgara razoável que eu