de alto bordo, numa infinita beleza de excêntricas formas requintadas, em caprichosos estilos diversos, mastreações aparatosas, parecendo enormes aparelhos estranhos para maravilhosamente arrancarem do fundo das ondas o misterioso deus das algas, da lenda secular e virgem dos hirsutos tritões verdes.

Marinheiros terrosos e fuscos, como que sujos a betume; outros loiros, flamejantes do sol, do ouro cantante da pele, dão à paisagem sã, revigoradora e larga, tons álacres e acres.

Das vagas, como exóticos monstros marinhos, as rubras e arredondadas cabeças das bóias, aqui e além, emergem.

Os mastros avultam, enchem prodigiosamente o mar supremo, sob a flava cintilação do dia; e, assim firmes, aprumados ao alto, ao firmamento, parecem tochas imensas para a celebração do Te Deum sideral dos astros, nos templos pagãos dos navios.